sábado, fevereiro 19, 2005

Nao vos quero deixar a impressao que nao gostei do Rio. So que e uma cidade de excessos, onde sera simpatico passar uns dias de ferias, mas que face ao simpatico-superficial-interesseiro da populaca geral (os nosso anfitrioes eram santos), me parece improprio para viver. A mim, obviamente.
Claro que tem coisas que valem qualquer viagem. A mim foi a Selva da Tijuca, a subida para o Corcovado. Quando vos digo que o Rio e lindo visto de longe, tanto como me parece poluido ao perto, estou apenas a criar um eufemismo.
Do que gostei mesmo foi da selva e da estrada (sim, fui de carro: a Debora, guia turistica, acedeu a subir la acima pela 4a vez no mesmo dia connosco, ao por do sol). A selva e intocada, pelo que e a propria da selva tropical, densa e humida. E a estrada e uma estrada de selva, cheia de curvas e com a largura exacta para passar um Mini. Com a agravante de subir 720 metros em 5 km.
Mas o melhor e mesmo subir a estrada. Sair da Tijuca, com as suas 4 favelas, alcancar uma zona de casas que faz a Serra de Sintra parecer um quintal mal tratado,deixar pra tras o cheiro a gas da cidade e adoptar o cheiro a terra-apos-incendio-apagado da selva-quente-humida, progredir sem visibilidade contra os maiores adeptos de chicken (pra quem nao saiba: dois carros seguem um conta o outro, frente a fente; o primeiro a ceder e chicken) do mundo, arriscar-mo-nos a ser assaltados a qualquer momento por portadores de armamento pesado (bazucas e afins, mesmo misseis terra-ar, e nao estou a gozar; claro que esta estrada e muito policiada), e depois de ver a cidade acender as luzes, descer numa escuridao que corrompia a propria luz do carro...
Isto nao em mais lado nenhum do mundo. E juro que vale a pena a viagem. Isso, e o Sambodromo.

1 comentário:

Anónimo disse...

diverte-te. um abraço Pai