Je suis deçu
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Não tenho paciência para génios frustados. O Roger Federer é um génio, mas não é um falhado. Mas hoje mostrou porque é que poderia ter sido um grande jogador mediano: pouca intensidade, lapsos de concentração, má estratégia e podia continuar aqui a metralhar-vos com coisas várias.

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É verdade que o Rafael Nadal é, muito provavelmente, o melhor jogador de terra batida da História. Mas também é verdade que metade dos seus pontos nesta final são erros não forçados de Federer. E que o primeiro set devia ter acabado ao contrário. E que a sua supremacia nos terceiro e quarto sets vem de ter parado de cometer erros não forçados, mais do que de ter aumentado o número de winners.

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Mas o que me chateou mais este fim de semana foi o desperdício que foi o concerto dos White Stripes ontem. Sim, o João Branco é um génio. Mas a sua "irmã" , ex-mulher e portadora original do nome White não tem um centésimo do nível dele. E, sobretudo, o público ontem não o mereceu. A adesão foi sobretudo para os Smashing Pumpkins, pelo que mais que intensidade havia curiosidade pelo que se estava a passar em palco, com um total desconhecimento de tudo salvo duas ou três músicas. E se Jack White tem um talento (e uma cultura de música popular americana) comparável ao de Bob Dylan, os tempos e o seu impacto são outros.

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O facto de o público ser maioritariamente composto por senhoras e miúdas também não ajudou, já que uma guitarra e uma má bateria não têm grande sex appeal junto do público feminino (o aspecto do Jack White também não ajuda). Em todo o caso, um dos concertos do ano, do ponto de vista musical. Os génios podem desiludir, mas não é por causa disso que deixam de ser geniais.