quarta-feira, fevereiro 01, 2006




Auxílios à compreensão da neurose Russa

Cerca de 1700 - Pedro o Grande estabelece a doutrina de que a Rússia dominaria, e porteger-se-ia, por via da "protecção dos seus vizinhos"













1815 - Alexandre I defende que o objectivo é impedir qualquer exército de voltar a chegar a Moscovo sem enfrentar obstáculos (como Napoleão, senhor de Europa continental , o tinha feito). A expansão continua, mas o Império Austro-Húngaro, Otomano e Britânico limitam a expansão (defensiva, bem entendida).

















1848- Observa-se pela primeira vez: "Imagine-se o Império Austro-Húngaro fragmentado numa multitude de grandes e pequenos Estados. Que bela base para uma monarquia russa universal".

1917- Impérios Húngaros e Otomanos desfazem-se. Revolução Bolchevique e guerra civil russa impedem expansão. Mas os restos dos Impérios estão à mão de semear.

1941 - Hitler, senhor de Europa continental, chega às portas de Moscovo em 4 meses. A pé. Neurose russa confirmada.

1945- George Kennan descreve "o ponto de vista neurótico que o Kremlin adopta quanto à política externa". Rússia (agora chamada URSS) adquire territórios perdidos em 1917 e cria rede de Estados-protectorados atrás da Cortina de Ferro.















1990- URSS desfaz-se. Rússia perde território. A Alemanha, única verdadeira potência continental, foge ao jugo russo e reunifica-se.

1999 - Aliados russos (sérvios) são bombardeados pela NATO.




















2005- Mais uma vez, Europa parece estar unida.

A Alemanha começa a ter forças militares.

Mais, os antigos Estados-tampão, e mesmo antigos territórios, juntam-se à União Europeia, ou querem fazê-lo. Sequência de Revoluções anti-russas e pró-ocidentais em vários países fronteiriços, próximos de Moscovo, incluindo Kiev, onde S. Cirilo converteu os Russos.


Neurose russa volta em força, naturalmente. Primeiras reacções de defesa com corte de gás à Ucrânia e esfriar de relações diplomáticas com Reino Unido. Porquê?

É relativamente óbvio, não acham?