sábado, junho 25, 2005

AUTORITARISMO + ANTI-COLONIALISMO PRIMÁRIO = MERDA

Vejam o que se passa no Zimbabwe desde que o Mugabe teve a bela ideia de realizar uma Revolução Agrária, expulsar todos os fazendeiros brancos e nacionalizar as quintas.
Agora, centenas de milhares de pessoas estão a ver as suas casas demolidas nas cidades, o principal centro de apoio à oposição, e enviados de volta ao campo, para as suas "aldeias de origem". Devido à escassez de bens de consumo, entre os quais combustível, milhares ficam nas estradas de permeio.
A oposição queixa-se de um ataque concertado à sua base de apoio. Outra razão poderá ser que, ao expulsar os fazendeiros, para além de ter agravado a crise económica (actualmente, o desemprego ronda os 70%), expulsou as poucas pessoas técnicamente habilitadas (e economicamente motivadas) para gerir as quintas. Junte-se a isto a actual seca e temos todas as condições para uma fome de enormes proporções. Daí que se ponha a hipótese de a ideia ser o enviar pessoas para o campo para reavivar a agricultura.
A economia encolheu 8,2 % em 2004 . No mesmo período, as vizinhas África do Sul, Botswana e Zâmbia cresceram 3,5%, 3,5& e 4,6%, respectivamente.
A esperança média de vida é de 36 anos. Mugabe tem 81.

Agora lembrem-se do que se passou no Cambodja com o Khmer Rouge, e descontem as óbvias diferenças provocadas por uma guerra civil e pelo maoísmo.

Motivados pelo bombardeamento do seu país pelos EUA, o Partido Comunista do Cambodja consegue conquistar o poder, após uma guerra civil de anos. A primeira coisa que fazem é despovoar as cidades e enviar a população para comunas agrícolas, esperando gerar um homem novo. Esperando reavivar a economia, exigiram que cada hectare de terra produzisse 3 toneladas de arroz (antes da tomada do poder, a média era de 1 tonelada). Ignorando a medicina moderna, optaram por curas tradicionais. Paralelamente, eleiminaram todos os que tinham apoiado o regime anterior, bem como todos os profissionais, intelectuais, e mesmo os membros do Partido que se afastassem das regras.

O seu domínio durou 3 anos.

"The exact number of people who died as a result of the Khmer Rouge's policies is debated. The Vietnamese-installed regime that succeeded the Khmer Rouge claimed that 3.3 million had died. The CIA estimated that between 50,000 and 100,000 people were executed by the Khmer Rouge, but executions represented only a minority of the death toll, which mostly came from starvation.
The United States Department of State and the State Department funded Yale Cambodian Genocide Project give estimates of the total death toll as 1.2 million and 1.7 million respectively. Amnesty International gives estimates of the total death toll as 1.4 million. R. J. Rummel, an analyst of historical political killings, gives a figure of 2 million. Former Khmer Rouge leader Pol Pot gave a figure of 800,000. An Italian Catholic magazine claimed to have had an interview with Khieu Samphan where he said 1 million had died, although that he ever made the statement is disputed.
In
1962, the last census before Cambodia was engulfed by war, the population of the country was 5.7 million. A decade later, in 1972, the population was estimated at 7.1 million. Using Amnesty International's figure of 1.4 million deaths, about 20 percent of the population would have died between 1975 and 1978."

E não me façam falar do Grande Salto em Frente, sff.

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