quarta-feira, março 02, 2005

Comparem isto com a imagem final de "Million Dollar Baby", dois clássicos americanos que deviam ser apreciados em todo o mundo:
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Edward Hopper, Nighthawks
(ou vão a http://www.ibiblio.org/wm/paint/auth/hopper/street/hopper.nighthawks.small.jpg se o blogger não me deixar mostrar a imagem).
A solidão, a tristeza, está toda cá. Junte-se-lhe o sentido de culpa para lá de qualquer falha voluntário, o erro ao fazer-se o que está correcto, a inefável responsabilidade de se ser humano, e temos pathos. Adicione-se o facto de, não havendo deuses, ter de se continuar a viver, e temos uma tragédia dos nossos tempos. Por último, polvilhe-se com a ausência de futuro da velhice e o efémero relicário das doces memórias e teremos o fim de "Million Dollar Baby".
Li algures que um bom autor é aquele que tem muitas ideias, o grande autor é aquele que só tem uma. Eastwood tem a mesma ideia em Unforgiven, A perfect world, Mystic River e Million Dollar Baby. Que os genes da sua mãe nele permaneçam muito tempo.

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