domingo, fevereiro 01, 2004

Perguntas a Anabela

Vi o último a post da nova menina bonita da blogosfera. Como serei claramente um dos seres inferiores excluídos do núcleo de públicos apontadas pela distinta senhora (e porque acho o cinema americano o melhor do mundo) gostaria de saber o que quererá dizer:

- porquê "crueza da feminilidade crua"? Crueza é que adjectiva feminilidade ou o contrário? Mais, descontando o erro (e de facto sou homem, mas gostava de saber), o que é que raio é que é feminilidade crua? Grego?

- o que é uma sensação de vazio negativista? Aliás, o que é um vazio negativista? Bem pensando, o que é um negativista? Uma forma de positivista? Existirão afirmativistas? E se sim, serão possíveis vazios afirmativistas, ou isso será um contra-senso lógico?

- alguém sabe o que é a verbalidade racional intrinseca? E porque é que é essencial ao cinema moderno? Julgava que o cinema funcionava à base de imagens, não de palavras. Identificará Anabela o cinema falado como o cinema moderno? E se sim, porquê ser necessária racionalidade ao discurso?

- e o que quererá dizer "tentativa de negação de uma interpretação e racionalização da narrativa"? Fará isto qualquer sentido, ou estamos no ãmbito da lírica de Edgar Alan Poe (Anabela, segundo T.S. Elliot, o que interessava a Poe era o som, não o sentido)?

Agora passo ao post seguinte, o que não tencionava fazer mas impõe-se. Anabela não só é genial, é clarividente: Chamei-lhe Leonardo. Na altura não achei explicação para o nome, pareceu-me apropriado e pouco mais. Hoje, à luz de uma maturidade entretanto adquirida à custa de alguns sacrifícios, os do costume, percebo que era uma homenagem a priori ao grande génio da Renascença que foi Leonardo da Vinci.

Diz-me, Anabela, serás mesmo tu?

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