CONTO CAPITALISTA DE NATAL
(adapatado do Economist)
O Pai Natal pretende vender a marca "Pai Natal", aproveitando a enorme liquidez existente no mercado.
Na sua proposta, o Pai Natal aponta facto de o centro de operações no Ártico, bem como a marca do Gordo de Vermelho, serem facilmente susceptiveis de franchise, e de rápida rentabilização, já que o consumo no Natal é o maior item de despesa no mundo ocidental, excluidos os gastos em saúde e defesa.
Contra os detractores que afirmam que o Pai Natal apenas quer vender por força da pressão que os fundos de pensões e doenças de renas, elfos e duendes começarão a exercer proximamente nos balanços do Natal, o Pai Natal responde que os gastos estimados com produção e manutenção das suas unidades fabris são excessivos: na realidade, 99% dos presentes são comprados por pais em lojas sem qualquer relação com o Pai Natal, e são meramente "co-branded" pelo Pai Natal no momento da entrega.
Quanto à estratégia de constituição de joint-ventures entre certas famílias e o concorrente directo "Menino Jesus", o Pai Natal desvaloriza-as como "marginais, pontuais e localizadas; aliás, quer-me parecer que a "Menino Jesus" está no mercado a competir com a "Reis Magos", que, como se sabe, têm um monopólio garantido legalmente pelo Estado em certos países de lingua espanhola. A minha liderança no mercado é indiscutível, e é para beneficiar dessa liderança que, no melhor espírito natalício, quero cotar-me em bolsa, e assim permitir que o potencial corpo accionista, a Humanidade, possa colher os benefícios e a distribuição de lucros. Aliás, contamos que um efeito two-sided loop opere, já que os potenciais accionistas são nossos consumidores e agentes; a expectativa de lucro coordenará a sua actuação com as nossas expectativas, gerando um maior volume de negócios (a expectativa é de10% nos próximos dez anos) para nós e maiores dividendos para eles, para além da mais valia resultante da valorização das acções." "
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